As armas do amor Songtext
von Sérgio Godinho
As armas do amor Songtext
Desarmem
Os campos minados da ignorância
Onde se infiltra friamente
O preconceito, esse sim, fatal, letal, brutal
E não há senso que lhe valha
O preconceito desempalha
Animais incongruentes
Atacando pela trilha
De uma ilha outrora virgem
Aparência de virtude
O preconceito nunca falha
Flecha certeira, na esteira da inocência
Aparência de virtude E por mais que se escude
Na justificação pseudo-ética
Cosmética, caquética
Do seu valor de guardião das morais
Vitais p′ra lá do ano 2000
O preconceito não tem estado civil
É casado com a morte
Divorciado da vida
É viúvo de si mesmo
É solteiro e por junto separado
Suicida
Desarmem o preconceito
Armem por favor as armas do amor
Amar no sentido primeiro e secular
Armem o mar
Armem o vento p'ro uso depois
Vão e regressem depois
Mas por quem sois
Mas por quem sois
Armem as armas do amor
Armem as armas do amor
Armem as armas do amor
Armem por favor as armas do amor
Desarmem
As metralhadoras côr-de-cinza
Que defendem a condescendência
Cautelosa, lacrimosa
Das decisões oficiais
Carimbadas despachadas
E só por isso legais
Mas que vão milhas atrás
Das atrozes realidades
Que o corpo grita
E a alma berra
A condescendência não desferra
No cofre forte onde se encerra
A planificação ponderada
De um problema complexo
Há soluções de fachada
Dois mil mortos perfilados na parada
Há palestras sobre sexo
É um problema complexo
Não se dane se ninguém resolve nada
Ano após ano
Dois mil mortos perfilados na parada
Um por ano
Nossa escada em caracol para o nirvana
Desarmem a condescendência!
Armem por favor as armas do amor
Amar no sentido primeiro e secular
Armem o mar
Armem o vento p′ro uso depois
Vão e regressem depois
Mas por quem sois
Mas por quem sois
Armem as armas do amor
Armem as armas do amor
Armem as armas do amor
Armem por favor as armas do amor
Desarmem
A pose altiva
Emproada gargalhada
Que veste a incompetência
Incipiência disfarçada de suma
Sabedoria, quem diria
Quem diria que debaixo de uma só alegoria
Tanto exemplo existiria
Exemplos de incompetência
São aos montes, são às serras
Impossíveis de escalar
Passos vãos, inúteis guerras
A incompetência é incapaz de se olhar
O cadáver inocente
É olhado pelo soldado incontinente
Pelo menos é um olhar
A incompetência, nem pensar
Nem pensar em juntar o resultado à vontade
O sonhado à realidade
E do real partir para a utopia
Menos mal, assim seria, menos mal
Desarmem a incompetência!
Armem por favor as armas do amor
Amar no sentido primeiro secular
Armem o mar
Armem o vento p'ro uso depois
Vão e regressem depois
Mas por quem sois
Mas por quem sois
Armem as armas do amor
Armem as armas do amor
Armem as armas do amor
Armem por favor as armas do amor
Desarmem
A boa consciência arrogante
Altissonante, complacente
Da intolerância religiosa, da intolerância civil
Da intolerância, tanto faz
Desdenhosa e incapaz
De intuir na diferença
A trave-mestra desta vida
Sal da vida
A intolerância é uma água envenenada
Rota em jorros mas dos gritos só sai água silenciosa
A mais perigosa
Engrossa rios, traz detritos
Traz a caixa das esmolas
Flutuando já tombada
Penetra casas e escolas
Leva livros ditos sagrados
Mas levados mais à letra
Que a própria letra das suas margens
E assim pondo-se à margem
Dos próprios rios sagrados
Desarmem a intolerância!
Armem por favor as armas do amor
Amar no sentido primeiro e secular
Armem o mar
Armem o vento p'ro uso depois
Vão e regressem depois
Mas por quem sois
Mas por quem sois
Armem as armas do amor
Armem as armas do amor
Armem as armas do amor
Armem por favor as armas do amor
Armem por favor as armas do amor
Os campos minados da ignorância
Onde se infiltra friamente
O preconceito, esse sim, fatal, letal, brutal
E não há senso que lhe valha
O preconceito desempalha
Animais incongruentes
Atacando pela trilha
De uma ilha outrora virgem
Aparência de virtude
O preconceito nunca falha
Flecha certeira, na esteira da inocência
Aparência de virtude E por mais que se escude
Na justificação pseudo-ética
Cosmética, caquética
Do seu valor de guardião das morais
Vitais p′ra lá do ano 2000
O preconceito não tem estado civil
É casado com a morte
Divorciado da vida
É viúvo de si mesmo
É solteiro e por junto separado
Suicida
Desarmem o preconceito
Armem por favor as armas do amor
Amar no sentido primeiro e secular
Armem o mar
Armem o vento p'ro uso depois
Vão e regressem depois
Mas por quem sois
Mas por quem sois
Armem as armas do amor
Armem as armas do amor
Armem as armas do amor
Armem por favor as armas do amor
Desarmem
As metralhadoras côr-de-cinza
Que defendem a condescendência
Cautelosa, lacrimosa
Das decisões oficiais
Carimbadas despachadas
E só por isso legais
Mas que vão milhas atrás
Das atrozes realidades
Que o corpo grita
E a alma berra
A condescendência não desferra
No cofre forte onde se encerra
A planificação ponderada
De um problema complexo
Há soluções de fachada
Dois mil mortos perfilados na parada
Há palestras sobre sexo
É um problema complexo
Não se dane se ninguém resolve nada
Ano após ano
Dois mil mortos perfilados na parada
Um por ano
Nossa escada em caracol para o nirvana
Desarmem a condescendência!
Armem por favor as armas do amor
Amar no sentido primeiro e secular
Armem o mar
Armem o vento p′ro uso depois
Vão e regressem depois
Mas por quem sois
Mas por quem sois
Armem as armas do amor
Armem as armas do amor
Armem as armas do amor
Armem por favor as armas do amor
Desarmem
A pose altiva
Emproada gargalhada
Que veste a incompetência
Incipiência disfarçada de suma
Sabedoria, quem diria
Quem diria que debaixo de uma só alegoria
Tanto exemplo existiria
Exemplos de incompetência
São aos montes, são às serras
Impossíveis de escalar
Passos vãos, inúteis guerras
A incompetência é incapaz de se olhar
O cadáver inocente
É olhado pelo soldado incontinente
Pelo menos é um olhar
A incompetência, nem pensar
Nem pensar em juntar o resultado à vontade
O sonhado à realidade
E do real partir para a utopia
Menos mal, assim seria, menos mal
Desarmem a incompetência!
Armem por favor as armas do amor
Amar no sentido primeiro secular
Armem o mar
Armem o vento p'ro uso depois
Vão e regressem depois
Mas por quem sois
Mas por quem sois
Armem as armas do amor
Armem as armas do amor
Armem as armas do amor
Armem por favor as armas do amor
Desarmem
A boa consciência arrogante
Altissonante, complacente
Da intolerância religiosa, da intolerância civil
Da intolerância, tanto faz
Desdenhosa e incapaz
De intuir na diferença
A trave-mestra desta vida
Sal da vida
A intolerância é uma água envenenada
Rota em jorros mas dos gritos só sai água silenciosa
A mais perigosa
Engrossa rios, traz detritos
Traz a caixa das esmolas
Flutuando já tombada
Penetra casas e escolas
Leva livros ditos sagrados
Mas levados mais à letra
Que a própria letra das suas margens
E assim pondo-se à margem
Dos próprios rios sagrados
Desarmem a intolerância!
Armem por favor as armas do amor
Amar no sentido primeiro e secular
Armem o mar
Armem o vento p'ro uso depois
Vão e regressem depois
Mas por quem sois
Mas por quem sois
Armem as armas do amor
Armem as armas do amor
Armem as armas do amor
Armem por favor as armas do amor
Armem por favor as armas do amor
Writer(s): Sergio De Barros Godinho Lyrics powered by www.musixmatch.com