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Estrela do Mar /Meu Primeiro Amor/ Soneto/ Preciso Aprender a So Ser/ A Lenda do Abaete/ Oracao da Mae Menininha/ Filhos de Gandhi/ Texto de Clarice Lispector/ Luz da Noite Songtext
von Maria Bethânia

Estrela do Mar /Meu Primeiro Amor/ Soneto/ Preciso Aprender a So Ser/ A Lenda do Abaete/ Oracao da Mae Menininha/ Filhos de Gandhi/ Texto de Clarice Lispector/ Luz da Noite Songtext

Um pequenino grão de areia
Era um eterno sonhador
Olhando o céu viu uma estrela
Imaginou coisas de amor
Passaram anos, muitos anos
Ela no céu, ele no mar
Dizem que nunca o pobrezinho
Pode com ela se encontrar

Se houve ou se não houve
Alguma coisa entre eles dois
Ninguém pode até hoje afirmar
O certo é que depois, muito depois
Apareceu a estrela do mar


Meu primeiro amor
Tão cedo acabou, só a dor deixou
Nesse peito meu
Meu primeiro amor
Foi como uma flor que desabrochou
E logo morreu
Nessa solidão sem ter alegria
O que me alivia são meus tristes ais
São prantos de dor que dos olhos caem
É por que bem sei quem eu tanto amei
Não verei jamais

Saudade palavra triste quando se perde um grande amor
Na estrada longa da vida eu vou chorando a minha dor
Igual uma borboleta dançando triste por sobre a flor
Teu nome sempre em meus lábios irei chamando por onde for
Você nem sequer se lembra de ouvir a voz desse sofredor
Que implora por teu carinho, só um pouquinho de teu amor

Meu primeiro amor
Tão cedo acabou, só a dor deixou
Nesse peito meu
Meu primeiro amor
Foi como uma flor que desabrochou
E logo morreu
Nessa solidão sem ter alegria
O que me alivia são meus tristes ais
São prantos de dor que dos olhos caem
É por que bem sei quem eu tanto amei
Não terei jamais


Por que me descobriste no abandono?
Com que tortura me arrancaste um beijo?
Por que me incendiaste de desejos
Quando eu estava bem morta de sono

Com que mentira abriste meu segredo?
De que romance antigo me roubaste?
Com que raio de luz me iluminaste?
Quando eu estava bem morta de medo

Sabe, gente
É tanta coisa pra gente saber
O que cantar, como andar, onde ir
O que dizer, o que calar, a quem querer

Sabe, gente
É tanta coisa que eu fico sem jeito
Sou eu sozinha e esse nó no peito
Já desfeito em lágrimas que eu luto pra esconder

Sabe, gente
Eu sei que no fundo o problema é só da gente
É só do coração dizer não quando a mente
Tenta nos levar pra casa do sofrer

E quando escutar um samba-canção
Assim como
Eu Preciso Aprender a Ser Só
Reagir
E ouvir
O coração responder
"Eu preciso aprender a só ser"

No Abaeté tem uma lagoa escura
No Abaeté tem uma lagoa escura
Arrodeada de areia branca
Ô de areia branca
Ô de areia branca

No Abaeté tem uma lagoa escura
No Abaeté tem uma lagoa escura
Arrodeada de areia branca
Ô de areia branca
Ô de areia branca

Ai! Minha mãe
Minha mãe Menininha
Ai! Minha mãe
Menininha do Gantois

A estrela mais linda, hein
Tá no Gantois
E o sol mais brilhante, hein
Tá no Gantois
A beleza do mundo, hein
Tá no Gantois
E a mão da doçura, hein
Tá no Gantois
O consolo da gente, ai
Tá no Gantois
E a Oxum mais bonita hein
Tá no Gantois

Olorum quem mandou
Essa filha de Oxum
Tomar conta da gente
E de tudo que há
Olorum quem mandou ô, ô
Ora, iê, iê, ô
Ora, iê, iê, ô

Ai! Minha mãe
Minha mãe Menininha
Ai! Minha mãe
Menininha do Gantois

Ai! Minha mãe
Minha mãe Menininha
Ai! Minha mãe
Menininha do Gantois

Omolu, Ogum, Oxum, Oxumaré
Todo o pessoal
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi

Iansã, Iemanjá, chama Xangô
Oxossi também
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi

Mercador, Cavaleiro de Bagdá
Oh, Filhos de Obá
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi

Senhor do Bonfim, faz um favor pra mim
Chama o pessoal
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi

Oh, meu pai do céu, na terra é carnaval
Chama o pessoal
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi

Omolu, Ogum, Oxum, Oxumaré
Todo o pessoal
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi

Iansã, Iemanjá, chama Xangô
Oxossi também
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi

Mercador, Cavaleiro de Bagdá
Oh, Filhos de Obá
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi

Senhor do Bonfim, faz um favor pra mim
Chama o pessoal
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi

Oh, meu pai do céu, na terra é carnaval
Chama o pessoal
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi

Eu vou tentar captar o instante já
Que de tão fugidio não é mais
Porque agora tornou-se um novo instante
Cada coisa tem um instante em que ela é
Quero apossar-me do é da coisa

Eu tenho um pouco de medo
Medo ainda de me entregar
Pois o próximo instante é desconhecido

Luz da noite, cobre meu sonho
Desperto
Minha mão, tua palavra, teu retrato
Meu espelho perto

Procuro uma taça transparente
O batom da tua boca
Palco vazio, janela fechada
Cenário sem brilho

Luz da noite, cobre meu sonho
Desperto teu olhar
Luz da noite

Palco vazio, janela fechada
Cenário sem brilho
Luz da noite, cobre meu sonho
Desperto o teu olhar

Luz da noite, cobre meu sonho
Desperto teu olhar
Luz

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