Uai Bichinho Songtext
von Zé Geraldo
Uai Bichinho Songtext
Quando cheguei nessa terra
Com uma mão na frente a outra atrás
O corpo comprava briga
A alma clamava paz
Meu companheiro de pensão vivia falando
Oxente, bichinho, cabra da peste
E eu retrucava: Uai, uai
Um chamava pela mãe, o outro gritava: Pai
Uai, bichinho, cabra da peste, uai
Uai, uai, uai, uai, uai
De manhã, corria cada um pra um canto
Procurando uma colocação
Um comprava o Diário Popular
O outro lia o Estadão
À noite notícias de casa
Novidades, saudades e beijos
A carta dele cheirava a jabá
E a minha cheirava a queijo
Uai, bichinho, cabra da peste, uai
Uai, uai, uai, uai, uai
Domingo de manhã, o Sol bem quente
A gente ia tirar fotografia
Lá no Ibirapuera, sabe comé′?
Eu de camisa bordada no bolso
Sapato sem meia, bem playboy
Meu parceiro de roupa de brim
Precata no pé!
Quando dava três horas da tarde o tempo virava
Pintava um bitelo' dum′ frio
A gente tremia que nem vara de marmelo
E o pessoal dava risada de nóis
Uai, bichinho, cabra da peste, uai
Uai, uai, uai, uai uai
Uma temporada meu parceiro
Foi passear na terra dele
Voltou aperreado, porque os meninos de lá
Tavam falando gírias de Copacabana
Eu disse pra ele
Fique frio, parceiro
Não se avexe, não
Isso aí é reflexo da televisão em rede, uai
Afinal de contas
Pra que curtir o nosso sotaque, o nosso folclore?
Se logo, logo a gente vai ter
Uma linguagem só padronizada
É um tal de oxente, my love
Bah, my friend
É muito you pro meu uai, sô'
Já faz muito tempo que eu tô nessa terra
Muita coisa já ficou pra trás
Meu corpo cansado já não compra briga
Mas a alma ainda pede paz
Meu companheiro de pensão até hoje fala
Oxente, bichinho, cabra da peste
E eu continuo falando: Uai, uai
Com as cacetadas desses anos todos
Eu fiquei mais véio' que meu véio′ pai
Uai, bichinho, cabra da peste, uai
Uai, uai, uai, uai, uai
Bichinho, cabra da peste, uai
Com uma mão na frente a outra atrás
O corpo comprava briga
A alma clamava paz
Meu companheiro de pensão vivia falando
Oxente, bichinho, cabra da peste
E eu retrucava: Uai, uai
Um chamava pela mãe, o outro gritava: Pai
Uai, bichinho, cabra da peste, uai
Uai, uai, uai, uai, uai
De manhã, corria cada um pra um canto
Procurando uma colocação
Um comprava o Diário Popular
O outro lia o Estadão
À noite notícias de casa
Novidades, saudades e beijos
A carta dele cheirava a jabá
E a minha cheirava a queijo
Uai, bichinho, cabra da peste, uai
Uai, uai, uai, uai, uai
Domingo de manhã, o Sol bem quente
A gente ia tirar fotografia
Lá no Ibirapuera, sabe comé′?
Eu de camisa bordada no bolso
Sapato sem meia, bem playboy
Meu parceiro de roupa de brim
Precata no pé!
Quando dava três horas da tarde o tempo virava
Pintava um bitelo' dum′ frio
A gente tremia que nem vara de marmelo
E o pessoal dava risada de nóis
Uai, bichinho, cabra da peste, uai
Uai, uai, uai, uai uai
Uma temporada meu parceiro
Foi passear na terra dele
Voltou aperreado, porque os meninos de lá
Tavam falando gírias de Copacabana
Eu disse pra ele
Fique frio, parceiro
Não se avexe, não
Isso aí é reflexo da televisão em rede, uai
Afinal de contas
Pra que curtir o nosso sotaque, o nosso folclore?
Se logo, logo a gente vai ter
Uma linguagem só padronizada
É um tal de oxente, my love
Bah, my friend
É muito you pro meu uai, sô'
Já faz muito tempo que eu tô nessa terra
Muita coisa já ficou pra trás
Meu corpo cansado já não compra briga
Mas a alma ainda pede paz
Meu companheiro de pensão até hoje fala
Oxente, bichinho, cabra da peste
E eu continuo falando: Uai, uai
Com as cacetadas desses anos todos
Eu fiquei mais véio' que meu véio′ pai
Uai, bichinho, cabra da peste, uai
Uai, uai, uai, uai, uai
Bichinho, cabra da peste, uai
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