A violeira Songtext
von Mônica Salmaso
A violeira Songtext
Desde menina caprichosa e nordestina
Que eu sabia, a minha sina era no Rio vir morar
Em Araripe, topei com o chofer de um jipe
Que descia pra Sergipe pro serviço militar
Esse maluco me largou em Pernambuco
Quando um cara de trabuco me pediu pra namorar
Mais adiante, num estado interessante
Um caixeiro viajante me levou pra Macapá
Uma cigana revelou que a minha sorte
Era ficar naquele norte, eu não queria acreditar
Juntei os trapos com um velho marinheiro
Viajei no seu cargueiro que encalhou no Ceará
Voltei pro Crato e fui fazer artesanato
De barro bom e barato pra mó de economizar
Eu era um broto e também fiz muito garoto
Um mais bem feito que outro, eles só faltam falar
Juntei a prole e me atirei no São Francisco
Enfrentei raio, corisco, correnteza e coisa má
Inda arrumei com um artista em Pirapora
Mais um filho e vim-me embora
Cá no Rio vim parar
Ver Ipanema foi que nem beber Jurema
Que cenário de cinema que poema à beira-mar
E não tem tira, nem doutor, nem ziguizira
Quero ver quem é que tira nós aqui desse lugar
E não tem tira, nem doutor, nem ziguizira
Quero ver quem é que tira nós aqui desse lugar
Será verdade que eu cheguei nessa cidade
Pra primeira autoridade resolver me escorraçar
Com a tralha inteira, remontar a Mantiqueira
Até chegar na corredeira e o São Francisco me levar
Me distrair nos braços de um barqueiro sonso
Despencar na Paulo Afonso no oceano me afogar
Perder os filhos em Fernando de Noronha
E voltar morta de vergonha pro sertão de Quixadá
Tem cabimento depois de tanto tormento
Me casar com algum sargento e todo sonho desmanchar
Não tem carranca, nem trator, nem alavanca
Quero ver quem é que arranca nós aqui desse lugar
Não tem carranca, nem trator, nem alavanca
Quero ver quem é que arranca nós aqui desse lugar
Não tem carranca, nem trator, nem alavanca
Quero ver quem é que arranca nós aqui desse lugar
Que eu sabia, a minha sina era no Rio vir morar
Em Araripe, topei com o chofer de um jipe
Que descia pra Sergipe pro serviço militar
Esse maluco me largou em Pernambuco
Quando um cara de trabuco me pediu pra namorar
Mais adiante, num estado interessante
Um caixeiro viajante me levou pra Macapá
Uma cigana revelou que a minha sorte
Era ficar naquele norte, eu não queria acreditar
Juntei os trapos com um velho marinheiro
Viajei no seu cargueiro que encalhou no Ceará
Voltei pro Crato e fui fazer artesanato
De barro bom e barato pra mó de economizar
Eu era um broto e também fiz muito garoto
Um mais bem feito que outro, eles só faltam falar
Juntei a prole e me atirei no São Francisco
Enfrentei raio, corisco, correnteza e coisa má
Inda arrumei com um artista em Pirapora
Mais um filho e vim-me embora
Cá no Rio vim parar
Ver Ipanema foi que nem beber Jurema
Que cenário de cinema que poema à beira-mar
E não tem tira, nem doutor, nem ziguizira
Quero ver quem é que tira nós aqui desse lugar
E não tem tira, nem doutor, nem ziguizira
Quero ver quem é que tira nós aqui desse lugar
Será verdade que eu cheguei nessa cidade
Pra primeira autoridade resolver me escorraçar
Com a tralha inteira, remontar a Mantiqueira
Até chegar na corredeira e o São Francisco me levar
Me distrair nos braços de um barqueiro sonso
Despencar na Paulo Afonso no oceano me afogar
Perder os filhos em Fernando de Noronha
E voltar morta de vergonha pro sertão de Quixadá
Tem cabimento depois de tanto tormento
Me casar com algum sargento e todo sonho desmanchar
Não tem carranca, nem trator, nem alavanca
Quero ver quem é que arranca nós aqui desse lugar
Não tem carranca, nem trator, nem alavanca
Quero ver quem é que arranca nós aqui desse lugar
Não tem carranca, nem trator, nem alavanca
Quero ver quem é que arranca nós aqui desse lugar
Writer(s): Chico Buarque, Antonio Carlos Jobim Lyrics powered by www.musixmatch.com