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Axé acappella (ao vivo) Songtext
von Maria Gadú

Axé acappella (ao vivo) Songtext

Pararam pra reparar?
Estão ouvindo esse som?
Pulsando seco no ar
Merece nossa atenção

Preparem bem os sensores
Para poder captar
Parem usinas motores
Para ouvirmos bater
Seu clamar

Som de corte pungente
Mundo doente além da conta
Sangra lucro imediato
Mas a cura de fato não aponta

Em uma remota viela
A voz de uma santa faz menção
Um axé acapella feroz insinua o batidão


Pararam pra reparar?
Estão ouvindo esse som?
Reparem não vai parar
Diante a tal condição

Jogos de egos gigantes
Sem dar sossego à fatal pulsação
Que segue até seu furor
Tornar-se ensurdecedor
Seu clamar

Chega de jogar confete
De botar enfeites, achar desculpas
É guerra, é dente por dente
E rasga somente carne crua

Rouco um cantor se esgoela sozinho
Em meio a uma multidão
Um axé acapella feroz insinua o batidão
Um axé acapella feroz insinua o batidão


E se bater vai matar
E se bater vai tremer
Não sobrará mais que o leito de um rio
Que escorre a prenda de um passado sombrio
Enquanto o homem não acorda
Idiota, em nota
Se enforca com a corda da própria tensão

E um axé feito acapella
Vai se transformando num batidão

Aí é choro doído, é sonho moído, é fim de trilha
Já mortalmente ferido um lobo banido da matilha
Silente um bom Deus vela a terra sagrada da ingratidão
E um axé acapella feroz insinua o batidão
E um axé acapella feroz insinua o batidão
E um axé acapella feroz insinua o batidão

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