Cabelo Pixaim (Ao Vivo) Songtext
von Maneva
Cabelo Pixaim (Ao Vivo) Songtext
Louça na pia e o pensamento no amado
Sentiu a água nas mãos e um tremor leve nos lábios
Sensação de um frio que percorreu sua espinha
Vida dele por um fio, sexto sentido sabia
Ela tentou o contato, mas ele não atendia
O desespero tomou conta e logo chegou a notícia
Perda irreparável que acabou com a família
Era dor e revolta só o que ela sentia
Ouviu um barulho surdo e pensou que era o fim
Sentiu cheiro de queimado no cabelo pixaim
Por um instante sua vida lhe passou como um raio
Divagou se acabou, se ele viveu o necessário
Pensou na sua família e na mágoa que ficou
Nos pedidos de desculpas que pensou e não falou
E pensou na sua preta, nos momentos de alegria
Sentiu um beijo repousando na sua face: a despedida
Lembrou dos olhos de sol
Que iluminava sua vida
Lembrou do sorriso solto
Que ele nunca mais veria
A realidade agora deu lugar a um pesadelo
E a luta pela vida deu lugar ao desespero
Mas por que logo ele, sempre foi trabalhador
Não é culpado da miséria, situação do atirador
Engajado e envolvido em projetos sociais
Mesmo assim não foi poupado pela mão dos marginais
Tudo preto, o rancor se mistura com o medo
Guerra é guerra, e sempre traz dor constante e sofrimento
Sentiu raiva, mas passou, e pensou que era sua hora
Mas seu filho o esperava no portão de uma escola
Dos jornais sensacionalistas já virou notícia
Pro governo virou número, aumentou a estatística
O que se fazer?
Famílias destruídas são notícias da TV
Chega de sofrer
O abismo social mata eu, mata você
O que se fazer?
Famílias destruídas são notícias da TV
Chega de sofrer
O abismo social mata eu, mata você
Carro sem roda, pião e uma pipa rasgada
No seu barraco era esse o lazer da criançada
Muitas vezes já jurou que ele não roubaria
Mas a falta de feijão orquestrava o choro da filha
Era um bom coração, mas tinha vários pecados
Alguns furtos, coisa boba só pra adiantar um lado
E cansou de coisa pouca, foi na ideia de um irmão
"É só uma, duas horas e já é dinheiro na mão"
É só por o cano na cara, pra não esboçar reação
Depois só para no banco, faz o saque com cartão
Um já fica com o refém na campana, sem dar guela
Depois só larga o patrício em algum beco da favela
Chegou a hora e o gelado do aço na barriga
O nervosismo se instala, e se despede da filha
Reza um pai nosso em silêncio, clama à Nossa Senhora
Não deseja que uma bala seja o fim da sua história
O que se fazer?
Famílias destruídas são notícias da TV
Chega de sofrer
O abismo social mata eu, mata você
O que se fazer?
Famílias destruídas são notícias da TV
Chega de sofrer
O abismo social mata eu, mata você
No farol, carro parado, assalto anunciado
O motorista tentou a fuga, um tiro foi disparado
Atingiu o black power de um rapaz indefeso
É tremedeira nas mãos, na consciência um peso
Saiu correndo assustado, um bicho encurralado
Ele estava de costas quando ouviu os disparos
E caiu sem olhar pra trás já sem movimento
Só ouvia as sirenes e o barulho do vento
O coração apertado, remói arrependimento
Já de olhos fechados, ele sofre em silêncio
Pediu perdão, um devoto de Nossa Senhora
Largado no chão, é chegada sua hora
O que se fazer?
Famílias destruídas são notícias da TV
Chega de sofrer
O abismo social mata eu, mata você
O que se fazer?
Famílias destruídas são notícias da TV
Chega de sofrer
O abismo social mata eu, mata você
Sentiu a água nas mãos e um tremor leve nos lábios
Sensação de um frio que percorreu sua espinha
Vida dele por um fio, sexto sentido sabia
Ela tentou o contato, mas ele não atendia
O desespero tomou conta e logo chegou a notícia
Perda irreparável que acabou com a família
Era dor e revolta só o que ela sentia
Ouviu um barulho surdo e pensou que era o fim
Sentiu cheiro de queimado no cabelo pixaim
Por um instante sua vida lhe passou como um raio
Divagou se acabou, se ele viveu o necessário
Pensou na sua família e na mágoa que ficou
Nos pedidos de desculpas que pensou e não falou
E pensou na sua preta, nos momentos de alegria
Sentiu um beijo repousando na sua face: a despedida
Lembrou dos olhos de sol
Que iluminava sua vida
Lembrou do sorriso solto
Que ele nunca mais veria
A realidade agora deu lugar a um pesadelo
E a luta pela vida deu lugar ao desespero
Mas por que logo ele, sempre foi trabalhador
Não é culpado da miséria, situação do atirador
Engajado e envolvido em projetos sociais
Mesmo assim não foi poupado pela mão dos marginais
Tudo preto, o rancor se mistura com o medo
Guerra é guerra, e sempre traz dor constante e sofrimento
Sentiu raiva, mas passou, e pensou que era sua hora
Mas seu filho o esperava no portão de uma escola
Dos jornais sensacionalistas já virou notícia
Pro governo virou número, aumentou a estatística
O que se fazer?
Famílias destruídas são notícias da TV
Chega de sofrer
O abismo social mata eu, mata você
O que se fazer?
Famílias destruídas são notícias da TV
Chega de sofrer
O abismo social mata eu, mata você
Carro sem roda, pião e uma pipa rasgada
No seu barraco era esse o lazer da criançada
Muitas vezes já jurou que ele não roubaria
Mas a falta de feijão orquestrava o choro da filha
Era um bom coração, mas tinha vários pecados
Alguns furtos, coisa boba só pra adiantar um lado
E cansou de coisa pouca, foi na ideia de um irmão
"É só uma, duas horas e já é dinheiro na mão"
É só por o cano na cara, pra não esboçar reação
Depois só para no banco, faz o saque com cartão
Um já fica com o refém na campana, sem dar guela
Depois só larga o patrício em algum beco da favela
Chegou a hora e o gelado do aço na barriga
O nervosismo se instala, e se despede da filha
Reza um pai nosso em silêncio, clama à Nossa Senhora
Não deseja que uma bala seja o fim da sua história
O que se fazer?
Famílias destruídas são notícias da TV
Chega de sofrer
O abismo social mata eu, mata você
O que se fazer?
Famílias destruídas são notícias da TV
Chega de sofrer
O abismo social mata eu, mata você
No farol, carro parado, assalto anunciado
O motorista tentou a fuga, um tiro foi disparado
Atingiu o black power de um rapaz indefeso
É tremedeira nas mãos, na consciência um peso
Saiu correndo assustado, um bicho encurralado
Ele estava de costas quando ouviu os disparos
E caiu sem olhar pra trás já sem movimento
Só ouvia as sirenes e o barulho do vento
O coração apertado, remói arrependimento
Já de olhos fechados, ele sofre em silêncio
Pediu perdão, um devoto de Nossa Senhora
Largado no chão, é chegada sua hora
O que se fazer?
Famílias destruídas são notícias da TV
Chega de sofrer
O abismo social mata eu, mata você
O que se fazer?
Famílias destruídas são notícias da TV
Chega de sofrer
O abismo social mata eu, mata você
Writer(s): Tales Mello De Polli Lyrics powered by www.musixmatch.com