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Cavaleiro andante Songtext
von Gabriel o Pensador

Cavaleiro andante Songtext

Não me arrependo nem do que eu não fiz
Não vou na onda desses imbecis
Não tô na boca nem tô no nariz
Quem fala muito não sabe o que diz

No meio do caminho pode ter uma pedra
Mas no meio dessa pedra pode ter um caminho
A pedra no caminho pode ser um diamante
Pode ser que ela me atrase, pode ser que eu me adiante
Toda pedra pode ser um diamante
Todo dia pode ser um grande dia
Toda noite pode ser aquela noite
Aquela noite não foi mas também podia

Aprendi na poesia anestesiante
E na porrada sagrada de cada dia
Que a gente pode e deve ser confiante
Mas não pode dar mole nem quando a gente confia


Não me arrependo nem do que eu não fiz
Não vou na onda desses imbecis
Não tô na boca nem tô no nariz
Quem fala muito não sabe o que diz

Não me arrependo nem do que eu não fiz
Não vou na onda desses imbecis
Não tô na boca nem tô no nariz
Quem fala muito não sabe o que diz

Esqueceram um zero na minha conta
Se der mole, vagabundo monta
O esquema é uma cama de gato
Mas não vão me derrubar, não sou eu quem vai pagar o pato
Não sou queijo pra engordar o rato
Não fico de bobeira cafungando nessa ratoeira

Quero ver quem vai dizer quem é ingrato
Tô na dividida mas não entro de primeira
Levei uma rasteira de quem sempre me tabelou comigo
Antes só do que andar com esse tipo de amigo
Malandro é malandro, mané é mané
Mas quem faz pose de malandro é porque não é, é


Não me arrependo nem do que eu não fiz
Não vou na onda desses imbecis
Não tô na boca nem tô no nariz
Quem fala muito não sabe o que diz

Não me arrependo nem do que eu não fiz
Não vou na onda desses imbecis
Não tô na boca nem tô no nariz
Quem fala muito não sabe o que diz

Cavaleiro andante, sempre tô de pé
Pro que der e vier, vou do jeito que der
Cavaleiro andante, aprendi bastante
Que a cabeça não é só pra segurar o boné
Cavaleiro andante, sempre tô de pé
Pro que der e vier, vou do jeito que der
Sei que a pedra no caminho pode ser um diamante
Nem sempre o que parece é

Sei que a corda arrebenta no lado mais fraco
Sei que a vida é uma sinuca mas confio no meu taco
Confio no meu taco, se liga, pela saco
Na mesa é na caçapa mas no campo é no buraco

Ouvi dizer que se ficar o bicho come, se correr o bicho pega
Mas a regra vai mudar
Se eu ficar o bicho some, se eu correr o bicho arrega
Se eu quiser pegar o bicho ele se entrega
Se eu pedir o bicho dá
Se eu quiser que o bicho pegue aí o bicho vai pegar
A cobra vai fumar, o coro vai comer
O coro tá comendo então vai vendo, pode ver
Eu já cantei a pedra pra você

Não me arrependo nem do que eu não fiz
Não vou na onda desses imbecis
Não tô na boca nem tô no nariz
Quem fala muito não sabe o que diz

Não me arrependo nem do que eu não fiz
Não vou na onda desses imbecis
Não tô na boca nem tô no nariz
Quem fala muito não sabe o que diz

Fui Pixote, sei andar na escuridão
Enfrentar moinho, derrubar dragão
Cavaleiro andante, sei andar sozinho
Dom Quixote não tem medo de alucinação
Desde o saco do meu pai tô na batalha
Não nasci pra ser esparro de canalha

Não nasci pra ser esparro de canalha

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