Juvena Songtext
von Dillaz

Cinco macacos bazaram
E dez que ficaram, eu ′tava na dezena (ena)
Rua Sagrada Família, seja abençoado o tempo da Juvena (uh)
Eu era o coitado da escola, que o ano mudava e a turma era a mesma
Eu era o coitado da escola, que o ano mudava e a turma era a mesma

Tu dás, pioras, mas melhora
Falas muito, mas decoras
Boy, a chuva deu o fora
E eu tô distraído a manjar o meu cota e o barrigão da nora

O homem da farda, porque é que não se ofende?
Porque é que não prende? Porque ele me adora
Cara lavada eu não devo a ninguém, boy
Aquilo que eu fumo vem de Bora Bora (Bora Bora)

(Cada vez que tu espirras eu vejo pó)
É, fica a decorar o meu fá
Tu vais reparar que eu vou mudar p'ra dó (dó)
Por não dizer merdas na altura, boy
O meu intestino já fazia nó (já fazia nó)
Deixa-os a babar e a olhar p′ra cá, deixa andar o trenó


O brada vinha p'ra estragar a manha (p'ra estragar a manha)
Tão que Deus o tenha
Pega a bolsa que eu tenho à cintura
Traz-me um carro da Alemanha

Fica a puxar a brasa p′ra sardinha
Que eu fico no terreno a rachar a lenha
Onde eu tinha o pé encostado à parede
Tinha o Ismael e tinha o De La Penha

Tu sabes que anda cá é cão (cão)
Não digas, anda cá (cá)
′Tás a cheirar a leitão (tão)
Vira a boca p'ra lá (lá)

E quantos ′tavam, e quantos 'tão (′tão)
E do que sobra, o que será?
Eu 'tou com a fofa no nevão (vão)
A deixar bónus no sofá (fá)

Porque é que te mexeste, tu devias ter saído calado (ya, ya)
Porque é que tu nasceste, não devias ter sido galado

E já na escola eu era surdo e mudo, e nunca via o dez
Uma colega minha na altura engolia tudo
Borrachas, lápis, pionés


O meu perfume cheirava a vanilla
Eu tava na fila pra apanhar bonés
Eu tava perdido no meio da cambada
Mesmo sem mãos, enrolavam com os pés

Não ′tá nada mau (não 'tá nada mau)
Não 'tá nada mau (seventy five)
Tu bem que tentas ser um vida loca
Pensas que é com a boca que toca o berimbau

Eu lembro a altura em que criticavas
Porque eu era apenas mais um carapau (mais um carapau)
No meio das enguias, ninguém me avisava p′ra me pôr a pau (P′ra me pôr a pau)

'Tão mete a trela a quem te atiça
Põe açaime a quem mordeu
Eu já não oiço, eu dou a missa
Um a zero, ganho eu

′Tás de mão dada c'a cobiça
Mas o destino prometeu
Na minha suite uma suíça, na tua cama um camafeu

Chupa, um a zero ganho eu
Chupa, um a zero ganho eu
′Tás de mão dada com a cobiça
Mas o destino prometeu
Na minha suite uma suíça, na tua cama um camafeu
Chupa (na tua cama um camafeu)
(Eu era o coitado da escola, com o ano mudava e a turma era a mesma)